sábado, 8 de abril de 2017

Cruz

Abre-se tão livre como o vento o teu futuro
Preso na montanha onde nasce a fonte
Cristo te consome e te carrega um fardo
Tão leve como a cruz de onde brota a vida

O canto mais bonito ainda o vais cantar
Verde como a chuva enternecendo a terra
Mora na estrada o Cristo da alegria
Tão forte como a cruz iluminando o sol

Os pobres beberam no rio alagado
Pedaços de pão encharcado em mudança
O trigo germina as margens da cidade
Floresce o Cristo na solidão das barracas

A cruz incendeia os caminhos de lama
Onde estamos, agora, diante da justiça!
Os pobres clamam e nós não ouvimos
Perdidos em tanta riqueza inútil

Sem medo de nada o amor é o caminho
Na violência da História Deus se revela
Amar de Amor! Rosto da Vida! A cruz é de Amor!
Os assassinos da vida desfazem-se em pó.

Clique para ampliar

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Linda poesia! Eis minha reflexão de momento: O quanto nos perdemos na ganância do "ter" e cortando partes da Cruz para que se torne mais leve perdemos também a capacidade de Amar. Realmente precisamos resgatar esses valores e deixar em nós "Florescer o Cristo". Obrigado Pe. José Luis.

    ResponderExcluir