quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Rios do Acampamento

“Se de ti me esquecer, Jerusalém, que eu morra.” (Sl.137,6)

O aqui e agora vai fluindo como mistério de ser
Águas limpas querem ser, simplesmente ser
Ó rios, onde está vossa nascente?
Ó águas, o que quereis alcançar?
Amor fonte contemplamos, sereno amor respiramos
Dom do amor nos fazemos na presença do mistério
Junto aos rios do acampamento
Nos sentamos a contemplar
Com saudades do amor

Tão forte como a montanha e tão leve como o ar
Ontem como amanhã a vida é acampar
Vai, como um rio o ser vai
E permanece como a eternidade
Nos rios do acampamento, tempo e presença é o ser
E permanece o mistério, sentamos a contemplar
Junto aos rios do acampamento
Nos sentamos a contemplar
Com saudades do amor

Saudades do ser presente, saudades do ser ausente
Saudades são liberdade , o pássaro quer voar
Voar para encontrar                                        
Voar para se unir
Ser na comunhão presente, ser na comunhão ausente
Ser na comunhão do ser, ser eternamente
Junto aos rios do acampamento
Nos sentamos a contemplar
Com saudades do amor
                                    
O acampamento tem rios, rios que desconhecemos
Amor presente e ausente, por dentro e por fora de nós

Pe. Zé Luís

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