No meio do jardim, começamos a desenhar o mapa da Juventude. Os jovens estavam animados e mesmo eufóricos por poderem encontrar-se depois de vários meses confinados por causa da pandemia.
Escolhemos um chão de terra para iniciar o esboço, uma terra livre, onde pudéssemos desenhar e escrever.
Uma jovem de nome Maria traçou no chão uma linha e chamou-lhe linha da Alegria.
Um jovem de nome Paulo riscou outra linha que atravessou a da menina e chamou-lhe linha da Liberdade.
No chão de terra ficou uma cruz, formada por duas linhas, como se fossem duas avenidas do mapa da Juventude, chamadas Alegria e Liberdade.
O ponto de encontro das duas avenidas foi batizado por João. Ele chamou-lhe Amor.
O Amor é o centro da vida e o ponto de partida e encontro dos nossos caminhos.
Em roda, todos formávamos um círculo, o círculo da Amizade, disse a Madalena.
(Fazer um desenho)
Tínhamos iniciado o mapa da Juventude. Estávamos de acordo que íamos centrar as nossas descobertas buscando compreender o processo da identidade dos jovens.
As linhas em cruz definiram quatro espaços.
Ao primeiro espaço demos o nome de Afetividade e Sexualidade.
Ao segundo chamamos Papel Social.
Identificamos o terceiro com o nome Valores.
E o quarto, completou o mapa com o nome Sentido da Vida.
E o trabalho foi considerado muito bom.
Os jovens são uma terra fértil. São como um jardim.
A identidade tem uma parte que nos é dada e uma parte que é construída ao longo da vida, num processo que implica a liberdade de escolher e ser.
Através desses quatro quadrantes que começam no centro e se abrem para uma dimensão maior de plenitude, estabelecemos quatro faces do processo de ser da vida dos jovens, iniciando com a puberdade e ampliando-se com a participação plena do jovem na vida social, como sujeito de transformação da História. (Pe José Luís - Início de um trabalho)