Inicio a quaresma limpando o meu quarto. Quero regressar a casa. Arrumo coisas desarrumadas, jogo fora outras que não preciso, ofereço algumas que são boas, limpo a poeira dos lugares escondidos (coisas que estão debaixo).
Vou aproveitar o tempo lendo duas horas por dia. Pego dois livros, um de teologia, sobre Jesus Cristo, e outro de formação humana, sobre afetividade.
Faço o propósito de não comer carne e de um dia de jejum por semana. Cuido de minha saúde e me abro à fraternidade.
Sei que o melhor jejum é aquele que resgata a dignidade do ser humano e minha voz será mais uma, junto com tantas, em favor da saúde pública, para a vida em abundância para todos.
Mantenho a caminhada, de manhã ou de tarde, conforme as possibilidades do horário.
Vou separar uma quantia por semana, para ajudar jovens que precisam de apoio.
Coloco os olhos e os pés no caminho de Jesus; quero reestruturar minha vida no amor e pelo amor.
Escolho algumas pessoas para visitar. Ir ao encontro faz bem. Resgato a mística da visita.
Tomo consciência de minhas preocupações. Seleciono algumas para resolver.
Ando à procura de verdade.Afasto-me dos joguinhos de poder e de relações hipócritas. É uma boa escolha. Procuro verdade.
Intensifico a oração do ser.
Aprendo a generosidade nas contradições e no sofrimento.
Vou ser feliz iniciando cada dia com alegria. A alegria é como a música: está dentro.
Celebro o mistério de Deus e o mistério da vida, junto com a Igreja, na comunhão da Igreja.
É tempo de mistério, no mistério de Jesus Cristo. Tempo de abandono. De transformar e de se deixar transformar.
Páscoa, Deus passa, onde Deus passa transforma.